Vacina Janssem (Johnson & Johnson) - covid-19
A vacina da Janssem (Ad26.COV2-S), que é produzida pela Johnson & Johnson, um imunizante de dose única para prevenir a covid-19. É uma vacina importada e que já chega no país pronto para a aplicação.
O Brasil comprou 3 milhões de doses, que precisa ser mantido refrigerado e deve ser distribuído até 8 de agosto 2021. Pelas condições logísticas demandadas pelo imunizante, apenas as capitais receberão as 3 milhões de doses (segundo Scott Olson / AFP), conforme determinou a pasta da saúde.
Inicialmente, o envio de 3 milhões de doses pela farmacêutica estava programado para acontecer uma semana antes, porém houve uma série de atrasos e entraves burocráticos impediram que isso acontecesse.
Uma nova data foi anunciada pelo Ministério da Saúde, que também confirmou que o quantitativo remetido ao país seria a metade do que havia previsto anteriormente.
O primeiro lote com 1,5 milhões de doses do imunizante do laboratório Janssen chegou no dia 22 de junho de 2021 ao Brasil. O lote chegou de avião e foi recebido pelo médico Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Com esse 1,5 milhão de doses da Janssen, iniciaremos uma trajetória que culminará, nesse ano, no fornecimento de 38 milhões de doses dessa vacina. Com a vantagem de ser dose única, conseguimos avançar no nosso programa de imunização (afirmou Marcelo Queiroga - Ministro da Saúde).
O uso emergencial da vacina - que é aplicada em dose única - foi aprovado em 31 de março de 2021 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A vacinação será feita de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19, dentro do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Até o fim do mês, mais um lote com 1,5 milhão de doses deve chegar ao país. Com isso, com as doses compradas pelo Ministério da Saúde, será possível imunizar 3 milhões de pessoas até 8 de agosto de 2021, quando os imunizantes perdem a validade. Porque o prazo de validade já chegou no Brasil bem apertado, poderão serem utilizadas até o início de agosto (isso porque a Anvisa ampliou esse limite, que antes ia só até o dia 27 de junho 2021). O protocolo de armazenamento prevê a refrigeração do medicamento entre 2°C a 8°C, como recomendado pelo fabricante e determinado pela Anvisa.
De acordo com o Ministério da Saúde, já há 38 milhões de doses dessa vacina contratadas - 16,9 milhões devem ser disponibilizadas entre julho e setembro, e outras 21,1 milhões entre outubro e dezembro de 2021.
Alguns países que já tiveram o uso emergencial da Janssen foi o Estados Unidos, Canadá e países da Europa.
Como funciona a vacina da Janssen
Informação técnica:
Ela é baseada em vetores de adenovírus sorotipo 26 (Ad26). Os adenovírus são um tipo de vírus que causa o resfriado comum - portanto, são bons transportadores em seres humanos. Ao serem modificados para desenvolver a vacina, eles não se replicam e não causam resfriado.
Outra parte do processo envolve o código genético do próprio SARS-COV-2. Ele possui em sua superfície externa uma espécie de coroa, formada pelos chamados "spikes", ou espigões, que são os responsáveis pela ligação do vírus às células do corpo humano.
Para produzir a vacina, um material genético da proteína "S", presente nesses espigões, é colocado dentro do adenovírus (que é o vetor, ou transportador).
Quando a pessoa recebe a vacina composta do adenovírus não replicante que carrega a informação genética do novo coronavírus, o corpo inicia um processo de defesa e produz anticorpos contra aquele invasor. A resposta imunológica produzida por esse processo cria então uma memória no corpo contra o coronavírus e ensina o próprio corpo a reconhecer e atacar o vírus quando a pessoa entrar em contato com ele.
Informação simplificada:
A vacina da Janssen funciona com a tecnologia do vetor viral não replicante. Para agir, a vacina utiliza uma proteína do Sars-CoV-2, para estimular a resposta imune no corpo, é inserida em um adenovírus, vírus que estimula a infecção de células humanas e, consequentemente, de anticorpos, mas sem a reprodução do vírus. Por isso não causa a doença.
Ou seja, a vacina da Janssen utiliza o vírus enfraquecido que transporta os genes virais para dentro das células, estimulando a resposta imunológica.
Dessa forma, quando e se o corpo entrar em contato com o vírus real, o sistema imune estará pronto dar se defender com mais eficácia.
A tecnologia do vetor viral não replicante é a mesma forma de ação do imunizante AstraZeneca / Oxford.
Taxa de eficácia
Dados apresentados pela empresa mostram :
66,9% contra casos leves e moderados
76,7% contra casos graves
Isso após 14 dias da aplicação e em 85,4% nos vacinados há 28 dias, conforme indicado na bula da vacina.
Nos testes, não houve mortes ou internações hospitalares entre voluntários, indicando que a vacina é segura.
Segundo os dados da farmacêutica publicados na revista científica "New England Journal of Medicine", o imunizante apresenta uma eficácia de:
66% contra casos moderados
85,4% contra casos graves
100% contra hospitalização e morte por covid-19, após 28 dias de aplicação da dose.
O estudo que permitiu chegar a esses números foi realizado com pouco menos de 44 mil voluntários de oito países, incluindo Estados Unidos, Brasil e África do Sul. Desses, 34% tinham mais de 60 anos de idade. Em estudos específicos a vacina apresentou taxa de eficácia de 72% nos Estados Unidos, de 68% no Brasil e de 64% na África do Sul.
Reações provocadas pelo imunizante
De acordo com a bula da vacina, as reações mais comuns são: Dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação.
Também foram registrados alguns efeitos colaterais como: Dor de cabeça, cansaço, dores musculares, febre e náusea.
Alguns efeitos adversos graves, considerados extremamente raros, podem ser identificados até uma hora após a aplicação, que inclui: Inchaço na garganta, batimento cardíaco acelerado, tontura, fraqueza e dificuldade de respirar. Já a formação de coágulos sanguíneos pode afetar somente uma a cada 10 mil pessoas.
A vacina é contraindicada para: Gestantes e mulheres que estejam amamentando, pessoas que tiveram alguma reação alérgica após aplicação de outra vacina, pessoas com infecção grave, com febre acima de 38ºC, pessoas com problemas de hemorragia ou cujo sistema imunológico esteja enfraquecido e indivíduos abaixo de 18 anos.
Para mais informações:
Fontes: Site Janssen, site gov.br, site UOL, site brasildefato, site jornal dci.
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